Tuesday, April 25, 2006

Nas veredas do amor






Nas veredas do amor

Águida Hettwer



Chuva fina desliza entre as vidraças, respingos de saudade no ar, mesclado de nostalgia, pura magia navegando em resquícios de lembranças, retratos emoldurados, bilhete selado, baú de recordações, sentimentos afloram, nas veredas do amor.

Fendas profundas nos separam caminhos traçados pelo destino incerto, longas distâncias, infinito mar das ilusões ao longe...

Aflora em botões de rosas a desabrochar, na quietude de uma noite escura, seiva quente escorre deliberadamente de minhas entranhas, fragrância doce espargir pelo ar.

Águas cristalinas brotam das pedras, feito coração que ama, derrama sobre o solo, gotículas de paixão, avivando o brilho no olhar, mente aberta, livre para voar, nas veredas do amor, pouso tranqüilo no aconchego do entrelaçar dos corpos, no afagar suave das mãos, no encontro de lábios a vagar, percorrendo a sintonia do vento, cobrindo de carinhos.




21.04.2006

Cultivando esperança



Cultivando esperança
Águida Hettwer



Plante esperança em cada novo raio de luz, solidifiquem em terra fértil teus anseios mais profundos, cultivando sonhos, avivando o amor em cada gesto, não permita que o rancor venha bater a porta do coração.



Erga a cabeça a cada novo desafio,

Nas provações da vida, aprendemos a buscar a Deus com intensidade.

Veja as flores do campo...

Basta pingos de chuva, para revigorar, molhando a terra na medida certa.



Os pássaros voam ao longe, e Deus jamais vos abandona, fazem seus ninhos em copas das árvores, de pequenos galhos secos, constroem suas moradas, cantam na alvorada, sorrindo para a vida.



As cortinas do palco da vida se abrem a cada novo dia e como artistas talentosos que somos usando de criatividade e na busca constante de felicidade, nos espelhamos no amor, na bondade e carinho em cada gesto, para superar as adversidades do cotidiano.



Hoje eu posso ser e fazer alguém feliz!

Estendendo as mãos, abrindo as portas do coração e deixando o amor penetrar e fazer morada eterna, pois aqueles que amam, sustenta no olhar humildade, confessam seus erros sem medo e buscam soluções, desafiando a ser verdadeiramente,

“Filhos de Deus".






Amor e alegria, hoje e sempre!



Carinhosamente

Águida Hettwer


07.04.2006

Alce vôo comigo








Alce vôo comigo

Águida Hettwer



Em ondas azuis navego,

Crepúsculo da aurora repentina,

Mesclado em marrom turvo, perco-me,

Em devaneios.



Meus anseios afloram,

Feito os primeiros raios de luz,

Por dentro das nuvens.

Olhando para a imensidão do

Universo, saio de mim...



No átimo do piscar dos olhos

Transporto-me...

Nas flores caídas do pessegueiro,

Perfumando o ar.



Alce vôo comigo, meu amor,

Transcende horizontes ao longe,

Onde a magia nos envolve,

os néctares se fundem,

Os aromas solidificam em partículas.



As carícias fluindo pelo ar,

suave afagar de corpos,

Emergidos em laços de afeto.



27.03.2006

Um mundo encantado









Um mundo encantado

Águida Hettwer



No toque suave das pontas dos dedos, no dedilhar do violão, sinfonia adocicada invade o universo.

Céu estrelado, olhares apaixonados sobre a maré, abraços aconchegantes, beijo roubado com gosto de hortelã, sorriso maroto, perdidos na magia da noite.

Um mundo encantado dos enamorados, perfume impregnado na alma, embelezando a vida do sonhador, escudo dos anseios.

Juntando os pedaços, do quebra-cabeça, semeando as cores do arco-íris, aflorando o amor em cada partícula de vida, fugaz, mas intenso como o brilho das estrelas.



18.04.2006

Amor meu






Amor meu

Águida Hettwer


Quisera perder-me entre as brumas da noite, acendendo as fagulhas da paixão adormecida.

Sentir o pulsar do seu coração descompassado em devaneios, feito menino descobrindo o amor, com o brilho intenso no olhar, quisera tanto, parar o tempo, atrasando o relógio da catedral em uma só batida.

Calar-te a fala com beijos serenos, feito à brisa suave que paira amena nas flores.

Meu coração clama por tuas mãos, tateando a face, desenhando o contorno dos lábios,

Afagando o cachear dos cabelos, em perfumes e sais, buscarem a essência que exala.

Ilusões a vista, persista no sonho, amor meu.

Pedi aos céus o solo da felicidade, ganhei de presente o seu amor.

Pintei de cor de rosa o mundo, ladrilhei as ruas com o brilho do teu olhar e em canções de amor cantarolar ao pé do ouvido, na mesma sintonia da aragem fria de manhãs outonais.

Folhas desprendem das árvores, levadas pelo vento e meu pensamento, vai ao encontro seu em passos largos, na junção de nossos corpos, embriago-me, abraço fortemente, sentindo o calor transcendental, amor meu.

Busco-te na imaginação do poente, afago lentamente enquanto dormes...



25.04.2006

Em ondas azuis





Em ondas azuis

Águida Hettwer



No balanço das ondas, navega minh ´alma serena, atravesso a ponte, seguro firme nas correntes que me cercam.

Sou capaz de transportar-me entre os grãos de areia, que escorrem dos dedos, mergulhados nos desejos do olhar, perfume de jasmim exalam no ar.

Lanço-me entre a realidade e a imaginação, nas veredas do silêncio, na quietude da alma, uma miragem pelas sombras de teus passos.

Toque delicado em cada verso, no horizonte mais iluminado, folhas soltas de calendários, sem hora marcada para retornar, porto de navios grandes, ansiosos para ancorar.

Na palavra, no gesto, ao redor de corpos, presença marcante, despidas de vozes, deixando os corações falarem, onde as manhãs despertam no sorriso estampado na face.

Arrisco palavras soltas, no balanço das ondas, onde me deito e deleito poema sem rima, desatino do acaso.

Busco no remanso de águas claras, um porto para ancorar minhas carícias, vestindo um pedaço do céu no olhar...

Em ondas azuis vagando, ao encontro do amor verdadeiro, uma réstia de saudade no reflexo das águas, ilude-me em caminhos amenos, flores coloridas desabrochando sem medo, sob o sereno da noite escura, atalho secreto do coração.


17.04.2006

Quem sabe



Quem sabe

Águida Hettwer



A aurora desponta multicolorida em traços de felicidade, divagando em teias, sem a noção do tempo e do espaço, num breve soneto de amor.


Em ondas que se quebram entre as pedras, gaivotas a voar na imensidão...

Aos acordes doces de uma sinfonia, na suavidade de cada verso sem rima.


Levando a primavera perfumada a porta do coração, momentos sublimes, minha alma veste-se de flores, exalando o amor em cada poro.


O infinito que não se consegue ver, oculta a dor que a alma sente como brisa invadindo pelas frestas da janela, adentrando em forma de carinho.


Quem sabe um dia, decifrar o enigma do amor, galgar nas curvas do universo, regendo uma orquestra harmônica e vozes, extraídas do fundo da alma, canção dos amantes.


22.04.2006

No silêncio



No silêncio...

Águida Hettwer

De olhos cerrados, nas asas da poesia,

lanço-me ao passado em vôos rasantes,

pouso em teu ombro, afago tua face,

embriaga teu olhar perdido,

sou brisa mansa que de

tua pele aflora arrepios.

No silêncio, ouço a voz do coração,

explode em mil emoções,

lágrima teimosa escorre sorrateiramente,

ofuscando a visão, subtrai sentimentos adormecidos.

Do amor, a fragrância impregnada na alma,

duelo de espada, faísca de lâmina penetra em meu ser.

Conta gotas de felicidade espalha em meu corpo,

suga-me o néctar, adocicado sabor,

emaranhado em minhas entranhas.

Triunfando em teu peito,

por amor vencido, seguro tuas mãos

e no seu trêmulo falar emocionado, selo com um

beijo, verve de minh´alma a inspiração,

tumulto teus pensamentos.

Na miragem do teu olhar, espelho-me, reflexo

de duas almas a vagar pelo universo,

envolvidos na beleza ímpar do amor.

20.11.2005